O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve de vir a público, mais uma vez, esclarecer acusações ventiladas contra ele. Neste episódio, ele negou ter dividido entre seus familiares parte dos recursos obtidos via Pix, que recebeu de seus apoiadores, em ato voluntário.
Neste domingo (6), Bolsonaro usou suas redes sociais para se defender da denúncia feita pelo Estadão também nesta data.
– Na edição de hoje, 6 de agosto, o jornal O Estado de São Paulo diz que distribuí entre 1º de janeiro e 4 de julho, parte do arrecadado via Pix, à própria família: R$ 148,3 mil – contextualizou.
– A campanha espontânea do Pix iniciou-se em 23 de junho. Logo, toda a matéria perde sua credibilidade pelo simples confronto de datas. Tudo o que paguei, ou transferi, até 23 de junho nada tem a ver com o arrecadado via Pix – observou o ex-presidente.
A matéria do Estadão traz transferências de Bolsonaro para sua esposa, Michelle, uma lotérica de seu irmão, e a síndica do condomínio onde mora Eduardo Bolsonaro, em Brasília (DF). A soma de todas essas “saídas” chegam ao total de R$ 148,3 mil entre janeiro e julho deste ano.
Para a ex-primeira-dama, segundo relatório do Coaf, os pagamentos totalizam R$ 56.073,10.
Quanto aos R$ 14 mil transferidos ao sobrinho, funcionário de uma lotérica em Eldorado, interior de São Paulo, o ex-presidente disse que “a maioria dos depósitos são múltiplos do valor da aposta de sete números da Mega Sena”.
Sobre os R$ 11.543,94 enviados ao tenente do Exército Osmar Crivelatti, Bolsonaro explicou.
– Esse senhor não é parente meu, ele é um dos meus assessores, desde 1º de janeiro, lotado na cota de “ex-presidente”. O mesmo, por vezes, honra despesas minhas e eu o reembolso via Pix.